Bons frutos para o corpo e a alma.

“(Mc 3:7-12) Como visse muitos fariseus e saduceus que vinham ao batismo, disse-lhes: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está por vir? Produzi, então, fruto digno de arrependimento e não pensei que basta dizer: Temos por pai a Abraão. Pois eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. Machado já está posto à raiz das árvores e toda árvore que não produzir bom fruto será cortada e lançada ao fogo. Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. A pá está na sua mão: limpará sua eira e recolherá seu trigo no celeiro: mas quanto à palha, a queimará num fogo inextinguível””

A paz do Senhor a todos!

Nos versículos acima temos que para muitos de nós é muito familiar, da qual muitos já participaram pelo menos uma vez na vida. Fala sobre João Batista batizando um ritual do qual muitos de nós já participou. Pois bem, nos batizamos, e daí, e agora?

Bem, as repostas podem ser as mais diversas, as mais íntimas possíveis, podem ficar guardadas nos nossos corações, porém, nossas respostas, nosso batismo nos leva uma condição curiosa, nos leva a um novo nascimento.

Será que a advertência de João Batista serve somente para os fariseus e saduceus, penso que serviu para eles, para os que estava ao redor e até hoje para nós. Para os tempos de hoje me soa mais ou menos assim: “Vocês acham que é só vir até aqui, jogar uma água na cabeça ou mergulhar numa piscina, falar meia dúzia de palavras em nome de Jesus e continuar levando a mesma vida?”, pois é, tomar uma decisão de seguir um caminho implica em muito mais, implica em fazer parte do corpo místico de Cristo, seguir os seus ensinamentos, produzir bons frutos, se questionar a cada momento, a cada palavra, a cada atitude, a cada pensamento, “será que estou sendo coerente com o caminho que escolhi seguir, que frutos estou produzindo?”.

É assim que deve ser, dando bons frutos, não basta passar por um ritual por mera ritualidade, por formalidade e não querer produzir bons frutos. Não adianta querer ficar se dizendo cristão sem ser sal da terra, luz do mundo, sem produzir bons frutos. Afinal se é pra ficar tudo do mesmo jeito não é necessário fazer nada diferente.

Desde o primeiro homem temos o livre arbítrio, o poder, o privilégio, a liberdade de escolher, devemos escolher o melhor, não o melhor relativizado do mundo, mas o melhor de verdade, devemos escolher todas as boas sementes que geram bons frutos. Devemos nos arrepender tudo que um dia fizemos e não gerou bons frutos e, a de agora em diante, conscientemente buscar gerar somente bons frutos.

É uma entrega, um deixar-se levar pelas mãos de um bom pasto, um Criador nos ama e nos ampara, é seguir o exemplo Jesus, por em prática, com amor, os ensinamentos do evangelho, viver no evangelho o tempo todo. Como já disse antes, é para mudar sim, é para ser nova criatura sim, renascido do Espírito, amigo, discípulo de Jesus, é aceitá-lo como mestre, com um professor nos ensina as coisas mais maravilhosas do mundo, é pra dar bons frutos.

É para viver livre das prisões mundanas, amar a Deus, a si mesmo, ao próximo e largar os vícios que nos prendem, ser livres dos sentimentos ruins que nos oprimem, que nos impedem de abraçar, de beijar, de encontrar, de dar amor. É pra ser diferente sim!

Portanto, se um dia você passou pelo ritual do batismo, sacramento este que nos foi deixado por Jesus, lembre-se sempre: Mude, liberte-se do que você já foi um dia e possa ter feito mal a você e aos que você. Ninguém quer sentir o peso de um machado na própria carne, de hoje em diante, produza bons frutos! Produza daqueles bons frutos que saciam o corpo e alma!

Que a Paz do Senhor esteja sempre na sua vida!

Nele, Oliveira.